Preso radical de extrema-direita que planejou um ataque terrorista contra muçulmanos em Varsóvia
Extrema-direita cresce na Polônia, atuando contra comunidades muçulmanas e imigrantes.
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Via NFP
Um radical de extrema-direita que tramou um ataque terrorista contra muçulmanos e políticos em Varsóvia foi condenado a três anos de prisão.
O acusado – que pode ser nomeado apenas como Tomasz M. sob a lei de privacidade polonesa – tinha, juntamente com outra pessoa, planejado “realizar ataques usando explosivos e substâncias venenosas” contra mesquitas, líderes religiosos muçulmanos e políticos, disse o Ministério Público Nacional, citado pela Agência de Imprensa Polonesa (PAP).
Ele havia pertencido a um grupo extremista que defendia visões de extrema-direita que “operou no território da Polônia até 10 de novembro de 2019”, acrescentou os promotores, que investigaram suas atividades junto com a Agência de Segurança Interna (ABW).
“As conclusões da investigação mostram que sua atitude foi radicalizada ao longo do tempo”, continuou a declaração, que observou que Tomasz M. foi considerado como tendo transmitido conteúdo que expressava a intenção de cometer e incitava à prática de crimes contra os muçulmanos, incluindo atos terroristas.
“Tomasz M. apelou ao ódio com base em diferenças nacionais, étnicas, raciais e religiosas”, escreveram os promotores.
Em uma decisão anunciada hoje, o tribunal distrital de Varsóvia considerou Tomasz M. culpado e o condenou a três anos de prisão. A sentença ainda não é compulsória e pode ser apelada.
Em janeiro deste ano, outro radical de extrema-direita que planejava plantar uma bomba em uma mesquita na Polônia foi condenado a cinco anos e cinco meses de prisão por um tribunal polonês.
Ele fazia parte de um grupo que procurava impedir a “islamização” da Polônia e que se inspirou nos assassinatos em massa de Anders Breivik na Noruega e Brenton Tarrant na Nova Zelândia.
A Polônia abriga uma das comunidades muçulmanas mais antigas da Europa, os Lipka Tatars, que vivem em uma área na fronteira com a Lituânia e Belarus. Entretanto, a maioria dos 20.000-25.000 muçulmanos do país são agora imigrantes mais recentes que se estabeleceram principalmente em grandes cidades, como Varsóvia.
