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Silenciar uma voz e matar um projeto
Antifascismo

Silenciar uma voz e matar um projeto

Não esqueçamos que os líderes da esquerda na América Latina foram submetidos a perseguição judicial por setores da extrema direita.

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Tempo de leitura: 2 minutos.

Via Granma

As políticas sociais do governo argentino e a voz e ações de sua vice-presidente, Cristina Fernández, deram o tom em um país que, nas últimas décadas, foi dividido entre as fórmulas econômicas neoliberais extremas da administração de Carlos Menen e, pior ainda, durante a presidência de Mauricio Macri, que, além de ter subordinado o país aos desígnios do Fundo Monetário Internacional (FMI), deixou o curso econômico vinculado à maior dívida da história do país.

Algo semelhante ao que foi tentado contra outros líderes latino-americanos, como Lula no Brasil e Correa no Equador, poderia acontecer com Cristina Fernández.

Não esqueçamos que os líderes da esquerda na América Latina têm sido submetidos à perseguição judicial por setores da extrema direita que executam tarefas que lhes são atribuídas pelos Estados Unidos, que estão determinados a silenciar suas vozes e afastá-los do contexto político de seus países.

Neste cenário, deve-se ter sempre em mente que a Argentina, junto com o Chile, Brasil e, em menor grau, Uruguai e Paraguai, é um país que sofreu a mais terrível ditadura militar, seguida pela imposição de um sistema neoliberal com conseqüências desastrosas.

As ditaduras militares na América do Sul, além de causarem a morte de milhares de seus cidadãos por professarem ideias de esquerda, cometeram o maior crime de desaparecimento de cadáveres e sequestro de crianças recém-nascidas, cujas mães também foram assassinadas, de modo que a progênie do exemplo de seus pais seria extinta para sempre.

Desses anos de terror e subsequente neoliberalismo, aplicado sob as receitas do FMI e com conselhos da chamada Chicago School, que promoveu o desenvolvimento econômico totalmente sujeito às organizações financeiras sediadas nos Estados Unidos, ainda existem grupos políticos e até mesmo fanáticos que se recusam a permitir que vozes como a de Cristina Fernández de Kirchner assumam um novo projeto de desenvolvimento econômico e social nesses países.

Hoje, Fernando Andrés Sabag Montiel, o homem que apontou sua arma para a cabeça de Cristina Fernández na Argentina, conhecido como crítico das políticas sociais do governo do qual ela é vice-presidente, poderia fornecer muitas informações sobre os porquês e onde ocorreu a tentativa de assassinato.

Entre as características visíveis deste personagem, a mídia chama a atenção para “seus braços tatuados com símbolos nazistas”.

“Ele tem um sol negro no cotovelo, um elemento que originalmente fazia parte do movimento ocultista nazista, fundado por Heinrich Himmler, no qual conceitos de várias crenças e religiões eram combinados com a figura do Führer e a “pureza do sangue ariano””, aponta a imprensa local.

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