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O político israelense de extrema direita e ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, invadiu a Mesquita Al-Aqsa, na Jerusalém Oriental ocupada, na manhã de quinta-feira, cercado por um grande número de tropas israelenses que também impediram os palestinos de visitar o local sagrado dos muçulmanos.
Um funcionário do Departamento de Doações Islâmicas em Jerusalém disse à Anadolu que Itamar Ben-Gvir fez um tour provocativo pelos pátios da mesquita sagrada.
O funcionário, que preferiu não ser identificado, acrescentou que as forças israelenses impediram que os fiéis palestinos entrassem na mesquita de Al-Aqsa durante a visita de Ben-Gvir.
Ele invadiu a mesquita sagrada pela área ocidental do portão Al-Mugharbah, que geralmente é usada por colonos israelenses ilegais para invadir a mesquita, informou a agência de notícias oficial palestina Wafa, citando fontes locais.
Ben-Gvir enviou um vídeo para sua conta no X mostrando sua invasão da mesquita, alegando que veio orar pela libertação dos prisioneiros israelenses mantidos em Gaza.
“Vim aqui, ao local mais importante do Estado de Israel e do povo de Israel, para rezar pelo retorno dos sequestrados a seus lares”, disse Ben-Gvir, acrescentando ‘mas sem um acordo ilegítimo e rendição’, afirmando sua rejeição a qualquer acordo de cessar-fogo com o grupo de resistência palestino Hamas para interromper as investidas israelenses na Faixa de Gaza.
Essa foi a quinta vez que ele forçou sua entrada na mesquita desde que se tornou ministro israelense em dezembro de 2022.
Ben-Gvir, chefe do Otzma Yehudit (Poder Judaico), de extrema direita, é famoso por incitar os colonos israelenses a invadir a mesquita.
As autoridades israelenses estimam que cerca de 120 israelenses estão presos em Gaza, e o Hamas afirma que dezenas foram mortos em ataques aéreos israelenses em Gaza.
Até agora, os esforços do Catar, do Egito e dos EUA para mediar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas foram prejudicados pela rejeição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao apelo do Hamas para interromper as hostilidades.
A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do mundo para os muçulmanos. Os judeus se referem à área como o Monte do Templo, alegando que foi o local de dois templos judaicos nos tempos antigos.
Durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967, Israel ocupou Jerusalém Oriental, que inclui a mesquita de Al Aqsa. O país anexou toda a cidade em 1980, o que nunca foi reconhecido pela comunidade internacional.