Bandeiras nazistas expostas em Estocolmo no aniversário de Hitler
Ação do Movimento de Resistência Nórdica gerou indignação na cidade
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Na manhã do dia 20 de abril, os cidadãos de Estocolmo acordaram com a visão inesperada de bandeiras nazistas sobre o túnel Essingeleden. A polícia foi notificada sobre as bandeiras às 7h19 e elas foram removidas às 7h40.
Testemunhas expressaram choque com a exibição, e a polícia informou que isso poderia ser considerado um crime de “ódio contra uma população”. Ainda não se sabe quem colocou as bandeiras.
O dia 20 de abril marca o aniversário de Adolf Hitler e é comemorado por muitos grupos neonazistas e de extrema direita ao redor do mundo. As bandeiras exibidas em Estocolmo seguem um padrão de manifestações semelhantes. Em 2016, uma bandeira nazista foi hasteada em um dos mastros oficiais da prefeitura de Vetlanda, uma pequena cidade no sul da Suécia, nesta mesma data. No ano anterior, em 2015, uma bandeira nazista havia sido hasteada na mesma data na escola Njudung, também em Vetlanda.
Esses eventos também seguem uma tendência pan-nórdica. Em 2022, uma bandeira nazista foi hasteada em Bergen, na Noruega, no dia 9 de abril, data da invasão da Noruega pela Alemanha nazista. A bandeira em Bergen também foi colocada próxima a um túnel em uma rodovia que leva à cidade.
Em 2019, três membros do Movimento de Resistência Nórdica foram condenados por terem hasteado bandeiras nazistas na cidade de Kristiansand no ano anterior. O Movimento de Resistência Nórdica (NRM) é o movimento neonazista mais significativo na região e opera de forma transnacional. Em 2017, eles reuniram cerca de 500 pessoas para uma marcha em Falun, na Suécia. Eles realizam marchas regularmente, usando uniformes com calças pretas, camisas brancas e gravatas pretas, carregando bandeiras com seu símbolo (a runa Tyr) e frequentemente carregando escudos de plexiglass, semelhantes aos usados pela polícia em controle de distúrbios.
Embora o Movimento de Resistência Nórdica permaneça significativo, há também diversos outros grupos e subculturas neonazistas e de extrema direita na região. Embora ainda não se saiba quem está por trás da colocação das bandeiras em Estocolmo, seguimos dedicados a monitorar esses movimentos e as ameaças que representam nos países nórdicos e em toda a Europa.
