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Interceptação da Flotilha da Liberdade em direção a Gaza é uma “violação da lei internacional”
Extrema Direita

Interceptação da Flotilha da Liberdade em direção a Gaza é uma “violação da lei internacional”

Anistia Internacional condenou a ação sionista em águas internacionais contra o navio Madleen, ocupado por Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila e outros ativistas

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Via Middle East Monitor

Tempo de leitura: 3 minutos.

O grupo de direitos humanos Anistia Internacional denunciou hoje a interceptação por Israel de um navio de ajuda humanitária que tentava romper o cerco de Tel Aviv a Gaza como uma “violação do direito internacional”.

“O Madleen, lançado pela Freedom Flotilla Coalition (FFC, Coalização Flotilha da Liberdade), buscava levar ajuda humanitária na tentativa de romper o bloqueio ilegal de Israel à Faixa de Gaza ocupada. Ele transportava civis desarmados em uma missão humanitária”, disse a secretária-geral da Anistia, Agnes Callamard, em X.

“A interceptação do Madleen por Israel viola o direito internacional”, disse ela.

O barco com bandeira britânica tinha como objetivo romper o bloqueio devastador imposto por Israel a Gaza, onde quase 55.000 palestinos foram mortos em um ataque brutal desde outubro de 2023.

Transportando uma quantidade de ajuda humanitária, incluindo alimentos e fórmula infantil, o navio foi abordado pelas forças de ocupação israelenses durante a noite, antes que pudesse chegar à costa de Gaza, e foi rebocado para o porto de Ashdod, em Israel.

Callamard disse que Israel, como potência ocupante, tem a obrigação legal de garantir que os civis em Gaza tenham alimentos e medicamentos suficientes.

“Eles deveriam ter deixado o Madleen entregar seus suprimentos humanitários a Gaza”, disse ela.

“Em conformidade com suas obrigações como potência ocupante e com as ordens juridicamente vinculativas da Corte Internacional de Justiça para impedir o genocídio, Israel deve levantar imediatamente seu bloqueio ilegal de Gaza, facilitar a prestação de assistência humanitária em toda Gaza e permitir missões internacionais de apuração de fatos em Gaza.”

O grupo de direitos humanos com sede em Londres pediu aos EUA que “façam muito mais do que têm feito até agora” para acabar com a guerra e o bloqueio israelense em Gaza.

“Há um genocídio em andamento. Ocupação militar. Apartheid. Os palestinos em Gaza estão passando fome. Trabalhadores humanitários são alvos. A ajuda humanitária é bloqueada”, disse Callamard.

Anteriormente, soldados israelenses sequestraram 12 ativistas desarmados a bordo do Madleen, incluindo um jornalista, informou a Freedom Flotilla Coalition, uma ONG internacional que organizou a missão.

A Freedom Flotilla Coalition enviou o Madleen, de 18 metros, de Catânia, na Sicília, Itália, para quebrar o bloqueio em Gaza e entregar ajuda humanitária.

Um total de 12 pessoas estão a bordo, incluindo 11 ativistas e um jornalista.

Entre eles estão a ativista climática sueca Greta Thunberg, a deputada franco-palestina do Parlamento Europeu Rima Hassan, Yasemin Acar da Alemanha, Baptiste Andre, Pascal Maurieras, Yanis Mhamdi e Reva Viard, da França, Thiago Avila, do Brasil, Suayb Ordu, da Turquia, Sergio Toribio, da Espanha, Marco van Rennes, da Holanda, e Omar Faiad, jornalista da Al Jazeera Mubasher, também da França.

O navio transporta suprimentos urgentemente necessários para a população de Gaza, incluindo fórmula infantil, farinha, arroz, fraldas, produtos de higiene feminina, kits de dessalinização de água, suprimentos médicos, muletas e próteses infantis, de acordo com os organizadores.

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