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Confusão em bar perto da Unicamp gera pânico e alunos relatam tiros, agressão e símbolo nazista, em Campinas
Extrema Direita

Confusão em bar perto da Unicamp gera pânico e alunos relatam tiros, agressão e símbolo nazista, em Campinas

Ataque fascista em Campinas gerou comoção na cidade.

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Tempo de leitura: 3 minutos.

Via G1

Uma confusão em um bar em frente à moradia estudantil da Unicamp, em Campinas (SP), causou pânico entre estudantes e clientes na noite desta sexta-feira (6). Segundo relatos de testemunhas, um grupo armado ameaçou pessoas negras, agrediu o dono do estabelecimento e fez disparos para o alto. Uma universitária disse ter visto símbolo nazista, uma suástica, na roupa de um dos agressores. A Polícia Civil informou que vai investigar o caso.

O relato da confusão foi postado em uma rede social de universitários da Unicamp na madrugada deste sábado (7) e gerou indignação. Um casal de estudantes, que mora em Hortolândia (SP), presenciou a cena e relatou ao g1 os momentos de pânico.

Ainda abalados neste sábado, eles não quiseram ser identificados na reportagem.

Polícia investiga

A Polícia Militar foi acionada, mas o grupo já havia deixado o local quando a viatura chegou. O g1 pediu um posicionamento para a PM e a Secretaria de Segurança Pública (SSP). A SSP disse que o caso não tinha sido registrado na Polícia Civil, mas assim que ficou sabendo, registrou uma ocorrência de Disparo de Arma de Fogo.

O local vai passar por perícia técnica. “As equipes policiais iniciaram as investigações, com os levantamentos necessários para identificação dos autores e esclarecimento do crime”, finaliza a nota da pasta. A PM ainda não deu retorno.

O Bar do Ademir, local dos fatos, divulgou nesta tarde uma nota na sua rede social informando sobre a violência. O estabelecimento vai abrir normalmente neste sábado. “Pelos relatos dos envolvidos e testemunhas, trata-se de um ato racista e covarde por parte dos agressores. Repudiamos qualquer tipo de racismo e preconceito e estamos tomando as devidas providências”, diz o texto.

O dono do estabelecimento contou ao g1 que relatou todos os fatos aos policiais militares, e informou que até a segunda-feira(9) vai formalizar o registro do boletim de ocorrência.

Dono do bar agredido

O jovem estudante, que cursa doutorado na área de educação, relatou que estava com amigos no bar quando o grupo com três homens brancos, carecas, de barba e vestindo roupas pretas, desceu de um carro em frente ao estabelecimento.

Foram em direção a um funcionário africano, discutiram, e o dono do bar se aproximou para apartar, mas acabou agredido no rosto.

“Além disso, proferiram ofensas racistas e homofóbicas para as pessoas do local. Na hora eu só pensei em me proteger”, completou o Dj, também negro.

O grupo ficou cerca de dez minutos no local e depois foi embora, antes da chegada dos policiais. O dono do bar disse que não precisou de atendimento médico.

Caso repercutiu

A vereadora de Campinas Mariana Conti repercutiu o fato nas suas redes sociais. “O grupo chegou armado, fazendo agressões racistas, com violência física e dando tiros para o alto. Vamos acionar as autoridades e cobrar que essa ação repugnante seja punida”, escreveu.

Deputada federal por São Paulo, Sâmia Bomfim também se pronunciou em sua rede social, e classificou o caso como “muito grave e asqueroso”.https://482687e6b36a9650d2f1df914615c664.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Unicamp também foi procurada. Segundo a instituição, “não houve ocorrência dentro da Moradia da universidade”.

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