Neste dia, 9 de novembro de 1988, as forças de segurança brasileiras assassinaram três trabalhadores em greve e feriram dezenas deles. Os trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional do Brasil estavam em greve por um aumento salarial e pela reintegração de trabalhadores demitidos por suas convicções políticas.
Os mortos foram Carlos Augusto Barroso, 19 anos, William Fernandes Leite, 22 anos e Valmir Freitas Monteiro, 27 anos. Apesar da repressão, os trabalhadores continuaram sua greve por mais de duas semanas. O massacre foi orquestrado pelo novo governo “democrático” após a queda da ditadura militar.
Confira abaixo a música “Fuzilados da CSN”, da banda Garotos Podres, em homenagem aos trabalhadores executados:7
Aos que habitam cortiços e favelas
E mesmo que acordados pelas sirenes das fábricas
Não deixam de sonhar, de ter esperanças
Pois o futuro, oh, vos pertence
Pois o futuro, oh, vos pertence!
Pois o futuro, oh, vos pertence!
Aos que carregam rosas sem temer machucar as mãos
Pois seu sangue não é azul nem o verde do dólar
Mas vermelho da fúria amordaçada
De um grito de liberdade preso na garganta
Pois o futuro, oh, vos pertence!
Pois o futuro, oh, vos pertence!
Fuzilados da C.S.N.
Assassinados no campo
Torturados no DEOPS
Espancados na greve
A cada passo desta marcha
Camponeses e operários tombam homens fuzilados
Mas por mais rosas que os poderosos matem
Nunca conseguirão deter a primavera
Pois o futuro, oh, vos pertence!
Pois o futuro, oh, vos pertence!
A cada passo desta marcha
Camponeses e operários tombam homens fuzilados
Mas por mais rosas que os poderosos matem
Nunca conseguirão deter a primavera
Pois o futuro, oh, vos pertence!
Pois o futuro, oh, vos pertence!