
Em 1º de janeiro de 1994, teve início o levante zapatista, quando os povos indígenas de Chiapas, no México, se revoltaram e assumiram o controle de suas comunidades.
Armados e usando balaclavas, os combatentes do Exército Zapatista de Libertação Nacional (Ejército Zapatista de Liberación Nacional, EZLN) declararam guerra ao governo mexicano, ocuparam prédios do governo, tomaram o governador como refém e confiscaram milhares de acres de terra.
A data da rebelião foi escolhida para coincidir com a implantação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). O EZLN lutou contra as tropas do governo por 12 dias, deixando 145 pessoas mortas, até que o governo e os zapatistas concordaram com um cessar-fogo.
Em suas terras recuperadas, os zapatistas redistribuíram o poder aos trabalhadores e à população rural pobre e organizaram novas formas diretamente democráticas de administrar a sociedade, com ênfase especial nos direitos das mulheres e dos LGBT+.
Apesar das repetidas incursões militares e da contínua repressão, violência e massacres por parte do Estado, seu movimento de cerca de 300.000 pessoas continua autogerido até hoje.