Em 17 de maio de 1959, Kelso Cochrane foi esfaqueado fatalmente em um ataque racista no oeste de Londres, Reino Unido. Seu assassinato se tornaria um evento catalisador nas relações raciais da época, o que acabou levando à formação do hoje mundialmente famoso Carnaval de Notting Hill. Cochrane era um imigrante recente da América do Norte, tendo nascido em Antígua.
Trabalhando como carpinteiro, ele almejava ser advogado e se estabeleceu na área de Notting Hill, no oeste de Londres, com uma grande população caribenha. Na época, a área era um foco de atividade para os fascistas britânicos e havia frequentes confrontos violentos com grupos de homens negros. A polícia que investigou o assassinato foi acusada de estar envolvida em um encobrimento e o assassino nunca foi identificado. Um enorme cortejo fúnebre atraiu a atenção da imprensa e o governo acabou sendo pressionado a iniciar uma investigação sobre as relações raciais.
O assassinato de Cochrane e as tensões raciais gerais na área levaram o ativista comunitário local Rhaune Laslett a organizar uma pequena feira de rua comunitária para reunir os imigrantes recentes na área em meados da década de 1960. Esse evento acabou se tornando o Carnaval de Notting Hill, ao qual comparecem mais de um milhão de pessoas todos os anos.