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Extrema direita francesa critica a diversidade na abertura dos Jogos Olímpicos
Extrema Direita

Extrema direita francesa critica a diversidade na abertura dos Jogos Olímpicos

Enquanto o mundo inteiro se emocionava com a histórica cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, representantes da extrema direita francesa se manifestaram contra momentos do evento que celebraram a diversidade, com comentários homofóbicos e racistas sobre a performance de artistas negros ou representantes da comunidade LGBTQIA+

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Via RFI

Tempo de leitura: 3 minutos.

Foto: rawpixel

Coreografia com figurinos coloridos em referência ao arco-íris da comunidade LGBTQIA+, dois homens se beijando, desfile de drag queens, modelos trans, cantores de todos os horizontes musicais. A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris mostrou uma França diversificada e contemporânea. No entanto, isso não agradou aos representantes mais conservadores da classe política francesa.

“Senhor presidente, estamos todos felizes com esses jogos #Paris2024. Quero falar de tudo, menos de política, esta noite. Mas isso era realmente necessário?”, perguntou Laure Lavalette, deputada do partido de extrema direita Reunião Nacional, liderado por Marine Le Pen, nas mídias sociais.

“Para todos os cristãos do mundo inteiro que estão participando da cerimônia de abertura e foram insultados por essa paródia drag queen da Última Ceia, não é a França que está falando, mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação”, acrescentou Marion Maréchal, sobrinha de Marine Le Pen e também integrante da extrema direita. Ela fazia alusão a um dos palcos da cerimônia em que modelos drags – incluindo transexuais – e personalidades do mundo da moda desfilaram em uma passarela em uma composição que lembrava a emblemática imagem religiosa.

Racismo velado

A sobrinha de Marine Le Pen foi além ao afirmar que a Guarda Republicana foi “humilhada” ao ser “obrigada a dançar ao ritmo de Aya Nakamura”, uma cantora negra, franco-malinesa, cuja participação já havia suscitado comentários dos mais conservadores, que consideraram que a jovem, a artista francesa mais ouvida no mundo, não representa a França.

Julien Aubert, vice-presidente do Republicanos, o tradicional partido de direita, disse que nesse evento o esporte foi invisibilizado “por mensagens políticas e sociais que não tiveram espaço” no evento, segundo ele.

Marine Le Pen estimou, há alguns meses, que a possível presença de Aya Nakamura no evento era uma tentativa do presidente Emmanuel Macron de “humilhar o povo francês”, e não comentou a cerimônia. No sábado, ela desejou “boa sorte” a todos os atletas de seu país, para que eles “deixem as cores da França bem altas e deixem o povo francês orgulhoso”.

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