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Bardella, líder da extrema direita na França, cancela discurso nos EUA após ex-assessor de Trump fazer “gesto nazista”
Extrema Direita

Bardella, líder da extrema direita na França, cancela discurso nos EUA após ex-assessor de Trump fazer “gesto nazista”

O líder da extrema direita francesa, Jordan Bardella, cancelou na sexta-feira seu discurso planejado na Conferência de Ação Política Conservadora de direita nos EUA, depois que o ex-assessor do presidente Donald Trump, Steve Bannon, pareceu fazer uma saudação fascista no palco na noite de quinta-feira

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Tempo de leitura: 3 minutos.

Foto: NUD/Reprodução

O líder de extrema-direita da França, Jordan Bardella, disse na sexta-feira que cancelou seu discurso em uma reunião de direita em Washington após um “gesto alusivo à ideologia nazista” do incendiário conservador Steve Bannon.

O presidente do partido francês National Rally (RN), que está na capital dos EUA, disse que não estava presente quando Bannon – um dos mentores da campanha presidencial de Trump em 2016 – fez um gesto que foi descrito como uma saudação nazista na quinta-feira na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC).

“Fui convidado (…) para fazer um discurso sobre os vínculos entre os Estados Unidos e a França, bem como sobre a recente dinâmica eleitoral dos partidos patriotas na Europa”, disse Bardella em um comunicado.

“Ontem, enquanto eu não estava presente na sala, um dos palestrantes, por provocação, permitiu-se um gesto alusivo à ideologia nazista. Portanto, tomei a decisão imediata de cancelar meu discurso que havia sido programado para esta tarde”, disse ele.

Bardella tornou-se líder do RN em 2022, substituindo Marine Le Pen. Ele também é membro do Parlamento Europeu.

Mas é Le Pen, que foi vice-campeã nas duas últimas eleições presidenciais francesas e permaneceu como líder do partido no parlamento, que deverá fazer a próxima campanha presidencial em 2027.

Le Pen tem trabalhado arduamente para tornar o partido que seu pai co-fundou mais palatável para os eleitores desde que ela o substituiu em 2011, inclusive expurgando membros acusados de antissemitismo e nomeando o telegênico Bardella para expandir sua base de eleitores.

Os esforços do RN para se reposicionar como um partido político respeitável com uma postura de linha dura em relação à imigração não foram totalmente bem-sucedidos. Vários candidatos do partido foram forçados a se retirar no período que antecedeu as eleições legislativas do ano passado, depois de terem sido flagrados postando comentários racistas e antissemitas nas mídias sociais e, em um caso infame, usando um boné nazista com uma suástica.

O RN conquistou um número recorde de assentos no parlamento em eleições rápidas no ano passado, depois que o presidente Emmanuel Macron dissolveu a câmara baixa quando o partido de Le Pen liderou as pesquisas nas eleições europeias.

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