O papel dos esportes na radicalização violenta da extrema direita

É bem sabido que o esporte tem o potencial de influenciar positivamente nossa saúde física e mental. O esporte também pode aumentar a autoconfiança e cultivar o espírito de equipe, servir como uma ferramenta para processar emoções e experiências, e desempenhar um papel na formação da identidade. Especialmente durante a infância e a puberdade, o esporte pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento da personalidade e das competências.

Seja na forma de esportes com bola, atletismo, artes marciais ou equitação, o esporte pode aprimorar habilidades sociais e cognitivas. Fazer parte de uma equipe, mas também apoiar uma equipe como parte de um clube de fãs, pode gerar um forte senso de união, apoio e pertencimento. Para muitos jogadores, os membros da equipe são amigos próximos que oferecem um espaço seguro fora de suas próprias famílias, com quem podem compartilhar emoções e experiências.

O esporte também pode melhorar competências como disciplina, controle emocional, autoconfiança e liderança, espírito de equipe e a capacidade de trabalhar dentro e navegar por ambientes heterogêneos de forma positiva. Clubes e instalações esportivas (bem como treinadores e instrutores) geralmente são vistos favoravelmente pela sociedade como contextos positivos e pontos de encontro para os jovens. No entanto, a verdade inconveniente sobre todos esses fatores positivos é que, como muitas vezes ocorre com muitos fatores supostamente protetores ou de “resiliência”, eles também podem se revelar negativos, dependendo do contexto social e das necessidades individuais, assim como dos fatores influentes. Portanto, os esportes (competitivos) também podem ser vistos a partir de uma perspectiva cética que revela as implicações das narrativas socioculturais.

Leia o artigo (em inglês) no link: https://home-affairs.ec.europa.eu/networks/radicalisation-awareness-network-ran/publications/role-sports-violent-right-wing-extremist-radicalisation-and-pcve-2021_en