
Bruxelas oficialmente se torna uma “cidade antifascista”
Conselho municipal local aprova moção para destacar o papel da cidade na luta contra o fascismo
Foto: VTR/Reprodução
A liderança socialista, liberal e democrata cristã da cidade apoiou a moção apresentada pelos Verdes. Dessa forma, a Cidade de Bruxelas quer destacar seu papel na luta contra o fascismo e confirmar esse papel para o futuro.
Extrema direita viva e em crescimento
A conselheira Verde Zoubida Jellab, que propôs a moção, insistiu que “as ideias da extrema-direita estão vivas e em plena saúde hoje”. “Nos Estados Unidos, sob Trump, mas também aqui na Europa, na Itália, Polônia, Hungria, Alemanha, Países Baixos, Finlândia, Eslováquia, Suécia, Portugal, Espanha e na Bélgica”, afirmou a conselheira. Segundo Zoubida Jellab, a moção significa que Bruxelas está reafirmando seu papel como uma cidade comprometida com o combate a todas as formas de ódio, fascismo, ideologia de extrema-direita, antissemitismo, islamofobia e mais.
O prefeito Philippe Close (socialista francófono PS) apelou aos conselheiros para apoiarem a moção por unanimidade. Isso era importante, disse Close, “porque, como a capital da Europa, muitas vezes fazemos parte da oposição hoje. Não passa um dia sem que sejamos atacados por declarações nos Estados Unidos”, disse o prefeito.
O prefeito explicou que a câmara municipal de Bruxelas foi muito mais de direita no passado, mas observou que “nenhum fascista foi eleito na cidade nos últimos 20 anos”. O prefeito se disse “orgulhoso” da câmara municipal atual, que inclui pessoas de todos os cantos do mundo.
Dando o exemplo
“A maior cidade cosmopolita da Europa está mais uma vez liderando pelo exemplo, porque não importa de onde você venha. O que importa é o que você constrói juntos”, concluiu o senhor Close.