Em 20 de fevereiro de 1895, o abolicionista negro e defensor dos direitos das mulheres que escapou da escravidão, Frederick Douglass, morreu em Washington DC, aos 77 anos.
Douglass escreveu sua primeira autobiografia em 1845, na qual citou o nome de seu ex-escravizador, e por isso foi para a Grã-Bretanha e Irlanda, em parte para evitar que seu ex-escravizador tentasse recuperar sua “propriedade”. Lá, ele passou dois anos elevando o perfil internacional do movimento para abolir a escravidão.
Em seguida, Douglass retornou aos EUA e fundou um jornal, The North Star, e, após a guerra civil, lutou pelos direitos dos pobres, dos negros, dos imigrantes chineses, dos nativos americanos e das mulheres.
Por exemplo, em 1888, Douglass fez um discurso para o Conselho Internacional de Mulheres, no qual afirmou:
“Seja qual for o futuro que nos reserva, uma coisa é certa: essa nova revolução no pensamento humano nunca retrocederá. Quando uma grande verdade se espalha pelo mundo, nenhum poder na Terra pode aprisioná-la, prescrever seus limites ou suprimi-la. Ela continuará até se tornar o pensamento do mundo. Essa verdade é o direito da mulher à liberdade igual à do homem. Ela nasceu com isso. Já era dela antes de compreendê-la. Está inscrita em todos os poderes e faculdades de sua alma, e nenhum costume, lei ou uso poderá destruí-la. Agora que está razoavelmente fixado na mente de poucos, está fadado a se fixar na mente de muitos e, finalmente, ser apoiado por uma grande nuvem de testemunhas, que nenhum homem pode contar e nenhum poder pode resistir.”