Foto: People´s Dispatch
Via EuroNews
Os conservadores no poder na Croácia deram um passo significativo na quarta-feira ao formar uma coalizão com um partido nacionalista de extrema-direita, marcando uma dura guinada para a direita com a aproximação das eleições europeias no próximo mês.
A União Democrática Croata (HDZ), no poder desde 2016, fechou um acordo com o Movimento da Pátria, de extrema direita, após semanas de incerteza política depois de uma votação parlamentar inconclusiva.
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Embora o HDZ tenha se destacado como o mais popular, ele não tinha uma maioria clara para governar sozinho.
As autoridades do partido governista sugeriram que o novo governo, liderado pelo primeiro-ministro Andrej Plenković para um terceiro mandato, poderia obter aprovação parlamentar já na próxima semana.
O Movimento Pátrio (Domovinski Pokret, ou DP) é relativamente novo na política croata. Ele é composto principalmente por nacionalistas radicais e conservadores sociais que anteriormente se separaram do HDZ, de centro-direita.
Liderado pelo prefeito de Vukovar, uma cidade fortemente danificada durante a guerra de 1991 pela independência da Croácia da antiga Iugoslávia, o partido adota uma postura dura em questões polarizadoras, como o direito ao aborto e a união entre pessoas do mesmo sexo.
Além disso, o governo da Croácia agora está excluindo a representação de um partido que defende a minoria sérvia, já que o DP se opôs à sua inclusão, gerando preocupações sobre um possível aumento das tensões étnicas no país dos Bálcãs.
Desde a independência da Croácia, o HDZ tem sido a força dominante, principalmente graças à influência de seu líder durante a guerra e primeiro presidente do país, Franjo Tuđman.
Nos últimos anos, o governo da HDZ foi prejudicado por várias acusações de corrupção e má administração.
Plenković também está concorrendo nas próximas eleições europeias. Ele encabeça a lista de seu partido para o Parlamento Europeu, gerando rumores de seu desejo de retornar a Bruxelas, onde atuou como membro do Parlamento Europeu entre 2013 e 2016.
A nação aderiu à UE em 2013 e entrou na zona de viagens sem passaporte da Europa e na zona do euro no ano passado.