Em 19 de março de 1935, ocorreu a Revolta do Harlem. A Grande Depressão já havia deixado a classe trabalhadora descontente em todo o mundo, mas com a segregação e as desigualdades raciais nos Estados Unidos, a vida era particularmente desafiadora para os negros.
O Harlem, apesar de ser o centro de movimentos artísticos e sociais vibrantes, não era diferente; forças como negligência do governo, discriminação no emprego, desemprego, pobreza e brutalidade policial criaram as condições para que uma explosão fosse inevitável.
Os eventos começaram com um suposto ato de brutalidade policial contra Lino Riveira, um garoto porto-riquenho negro de 16 anos que foi pego roubando um canivete em uma loja. O proprietário chamou a polícia e, quando ela chegou, uma multidão começou a se reunir. Logo se espalhou o boato de que Riviera – apesar de ter sido solto – havia sido morto pela polícia e logo milhares de pessoas foram às ruas. Uma manifestação organizada pelos Young Liberators e pela Young Communist League foi declarada uma “reunião ilegal” pela polícia e logo as manifestações aumentaram, com os participantes expropriando mercadorias das lojas (“saques”) e danificando propriedades.
A revolta causou cerca de US$ 200 milhões em danos e aproximadamente 200 empresas foram afetadas. No final, 125 pessoas foram presas, cerca de 100 ficaram feridas e três foram mortas, todas elas negras.