
Extrema direita avança ainda mais em Portugal, enquanto centristas vencem nas eleições presidenciais da Romênia e da Polônia
Polônia irá às urnas novamente para o segundo turno em 1º de junho
A extrema direita avançou ainda mais em Portugal, enquanto candidatos centristas venceram nas eleições presidenciais realizadas na Romênia e na Polônia no domingo.
Nas eleições legislativas portuguesas — as terceiras em menos de quatro anos — o partido de extrema direita Chega conquistou mais de 22,6% dos votos e quase ultrapassou o Partido Socialista, um dos partidos políticos mais antigos do país, que formou inúmeros governos desde a transição para a democracia em 1974.
Embora os socialistas tenham se mantido na segunda posição com 23,4%, conquistaram o mesmo número de cadeiras que o Chega: 58.
A Aliança Democrática (AD), de centro, formada pelo Partido Social Democrata (PSD) e pelo Partido Popular (CDS-PP), ficou em primeiro lugar nas eleições com 32,1% e 89 cadeiras.
No entanto, a AD está longe de formar um governo de maioria e precisará convencer o PSD ou o Chega, o que não parece provável.
Enquanto isso, o prefeito pró-União Europeia da capital Bucareste, Nicusor Dan, venceu a eleição presidencial romena — que foi acompanhada de perto e com apreensão por várias capitais europeias — com 53,6% contra seu adversário populista e nacionalista George Simion, que obteve 46,4%.
Na Polônia, a Comissão Eleitoral Nacional anunciou que o prefeito centrista da capital Varsóvia, Rafal Trzaskowski, apoiado pela Coalizão Cívica do primeiro-ministro Donald Tusk, ficou em primeiro lugar com mais de 31,3%.
Trzaskowski enfrentará Karol Nawrocki, um historiador conservador apoiado pelo partido de oposição Lei e Justiça (PiS), que ficou logo atrás com mais de 29,5%, no segundo turno, marcado para 1º de junho.
Para surpresa de muitos, Slawomir Mentzen, apoiado pela extrema direita da Confederação, ficou em terceiro lugar com mais de 14,8%, seguido por outro candidato de extrema direita, Szymon Hołownia, com quase 5%.