Neste dia, 15 de outubro de 1987, o presidente socialista de Burkina Faso, Thomas Sankara, foi assassinado, aos 37 anos. Ele foi morto em um golpe militar que se suspeita ter sido apoiado pela França, a antiga potência colonial.
Em apenas quatro anos, seu governo atraiu o apoio público em massa ao implementar várias reformas radicais para melhorar a qualidade de vida das pessoas pobres, da classe trabalhadora e das mulheres. Em particular, milhões de crianças foram vacinadas contra meningite, febre amarela e sarampo, escolas e hospitais foram construídos, milhões de árvores foram plantadas para combater a desertificação e o país se tornou suficiente em termos de alimentos.
Ele reduziu seu próprio salário para apenas US$ 450 por mês, e o governo reduziu os salários e as vantagens dos altos funcionários do governo, implementou cotas para aumentar o número de mulheres na vida pública, combateu a mutilação genital feminina e os casamentos forçados e nacionalizou terras e recursos minerais.
O golpe foi orquestrado pelo ex-colega de Sankara, Blaise Compaoré, que estabeleceu uma ditadura que governaria o país pelos 27 anos seguintes e desfaria muitas das mudanças anteriores, privatizando a propriedade pública. Seu governo foi apoiado pelos EUA e pela França, e recebeu financiamento do Fundo Monetário Internacional, até ser derrubado em 2014 após uma revolta popular.