Neste dia, 26 de agosto de 1921, os trabalhadores das usinas e padarias declararam um soviete (também conhecido como conselho de trabalhadores) na pequena cidade irlandesa de Bruree.
Os membros do Irish Transport and General Workers’ Union (ITGWU) da usina exigiram a reintegração de pelo menos um trabalhador demitido, com salários atrasados. A gerência se recusou e, por fim, os trabalhadores assumiram o controle das instalações.
As empresas eram de propriedade da família Cleeves, que, desde o estabelecimento do “Knocklong Soviet” um ano antes, havia enfrentado uma série de revoltas de trabalhadores. Uma rara fotografia mostra uma placa que os trabalhadores afixaram em um dos moinhos, onde se lê “Bruree Soviet Workers Mills. Nós fazemos pão, não lucros”.
Quando um repórter do jornal Limerick Leader visitou Bruree, descobriu que o soviete tinha controle total, “tanto industrialmente quanto em outros aspectos”. Os trabalhadores concederam a si mesmos um aumento salarial e reduziram os preços, por exemplo, do pão. Isso levou a uma duplicação dos pedidos e, segundo os trabalhadores, eles aumentaram a produção para atender ao aumento da demanda.
O soviete terminou em 3 de setembro, após negociações em Dublin, quando, de acordo com o jornal do ITGWU, a nacionalista revolucionária Constance Markievicz ameaçou usar o Exército Republicano Irlandês para reprimir a revolta.